Chegou à nóticia: Vilmar morreu. Uma longa amizade, construída na rotina das pequenas divergências e das convergências inabaláveis_ que após treze anos de convívio tornam os amigos mais amigos_ acabava, inesperadamente, de modo chocante, poís Vilmar parecia uma força da natureza, indestrutível por qualquer tipo de acontecimento que o apanhasse de surpresa.
Eu e Vilmar nos conhecemos em agosto de 1991, na Prefeitura de Joaquim Nabuco, onde começou a trabalhar como funcionário público. Ele atuava como motorista do gabinete do Prefeito João Carvalho; Eu na política. Vilmar era um boêmio e vibrante motorista, invariavelmente alegre no exercício de sua atividade profissional, que tinha a estrada no sangue e na alma. Era filho de Pedro Bastos.
Logo nos tornaríamos amigos. Era dificil, aliás, alguém não fazer em pouco tempo uma velha amizade com Vilmar.Muitas vezes, apesar de discreto, confidenciou-me questões pessoais, como o xodó pelo seu filho Júlio. Teve em mim um amigo, como eu o tive nele, e, por ele, essa amizade foi estendida à membros de sua família a quem quero grande bem. Aparentemente seco, era de gestos cativantes, como o do oferecimento de uma rodada de caninha com um caldinho de feijão.
Carlos Vilmar de Melo Bastos ficará sempre na minha memória como o amigo e irmão fraterno.
Nemuel Júnior, em 15 de setembro de 2003.
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